Localidades
Em cada rua, em cada casa abandonada, em cada esquina e em cada passo se esconde um segredo. Há muito mais do que os olhos veem, e atrás de pontos históricos há mistérios que humanos não conseguem imaginar em seus maiores pesadelos.
Abra seus olhos para o oculto, e encontrará a verdade nas histórias mais banais, até nas mais fantasiosas. Em cada localidade há um fragmento oculto da verdade, assim como há boatos e mitos, cabe a você decifrar cada sussurro e montar sua versão da história.
O quão bem você realmente conhece sua cidade, e os segredos que ela guarda?
Reimagine sua cidade, pois nada é o que parece.


Lagoa Rodrigo de Freitas
A icônica Lagoa Rodrigo de Freitas, embora celebre entre mortais por suas trilhas e ciclovias, é temida pelos Membros da Noite. Sob o véu da poluição que afasta os banhistas, algo sombrio habita seu leito artificial, contaminando quem se atreve a mergulhar. Feiticeiros de Sangue e do Oblívio disputam suas margens em busca de energia profana para rituais proibidos, atraídos pelas lendas de uma presença maligna presa nas profundezas.
Dizem que nenhum ser retorna ao emergir da escuridão aquática, seja mortal ou não‑vivo, consumido pelo mistério daquelas águas. Ainda assim, a Lagoa se mantém como ponto de visita obrigatório nas madrugadas cariocas, um convite irresistível para quem busca confrontar os segredos mais antigos do Rio das Trevas.
Castelinho
Erguido à beira da Baía de Guanabara, o Castelinho do Flamengo exala uma beleza que esconde uma história marcada por tragédias e rumores sombrios. Suas linhas ecléticas e detalhes art nouveau são um deleite para os Toreador, mas sua fama entre os Membros da Noite vai além da estética. Dizem que o local é assombrado por Maria de Lourdes, uma jovem cuja vida foi marcada por horrores dentro da própria casa, e cuja morte permanece envolta em mistério.
Para alguns, ela é apenas um fantasma em busca de vingança. Para outros, uma Criança da Noite aprisionada no local para evitar a quebra da Máscara. O Castelinho tornou-se um ponto de atração para os curiosos entre os Membros, que sentem, atrás de seus vitrais e anjos de gesso, uma energia inquieta. Seja qual for a verdade, uma coisa é certa: o Castelinho não é apenas um marco arquitetônico. É um lugar onde o passado ainda sussurra, alto demais para ser ignorado.


O Pentágono
Sob a vigilância da Primigênie Gangrel Daniella, o Pentágono ergue-se no subterrâneo do Parque Estadual do Grajaú como a mais brutal arena de combate clandestino do Rio das Trevas. Estruturado por cinco imponentes paredes de pedra, o local sacia a sede de adrenalina dos vampiros incapazes de se contentar com esportes mortais, liberando suas bestas internas em duelos sanguinolentos.
Os games mais aclamados são o “Cinco Trincas”, em que cinco grupos duelarão por três minutos até restar apenas o time mais inteiro, e o tradicional “Mata‑Mata”, onde vampiros entram na arena e apenas um sai com vida. Ou quase.
Com locução animada, apostas encorajadas e armas mundanas liberadas pela casa, o Pentágono atrai qualquer Membro da Noite disposto a testemunhar – e provar – o gosto do verdadeiro sadismo sobrenatural.
Elísio
No coração do Rio de Janeiro, o CCBB serve como Elísio oficial da Camarilla, um território neutro onde Membros podem socializar em segurança, longe de traições, violência ou disputas de poder. Nenhuma arma é permitida, nenhuma Disciplina deve ser usada, e qualquer violação das regras é punida com rigor. Sob a vigilância da refinada Guardiã Toreadora Alice Bonfim, o local se mantém como um santuário de etiqueta e contemplação, onde até mesmo os mais antigos respeitam o silêncio das tradições.
Mais do que um centro cultural, o edifício histórico guarda segredos ocultos aos olhos mortais. Em seus salões e subterrâneos, relíquias das trevas repousam protegidas, acessíveis apenas ao Príncipe e à sua corte. Para os Membros reconhecidos, o Elísio do CCBB é um palco de encontros diplomáticos, celebrações solenes e acordos sussurrados, um raro refúgio onde o fardo da eternidade pode, por instantes, ser deixado à porta.

Hotel Glória
Às margens da Baía de Guanabara, o Hotel Glória permanece oculto sob o véu da ilusão, servindo como refúgio seguro e luxuoso para Membros da Noite em passagem pela cidade. Enquanto mortais acreditam em reformas intermináveis, o hotel segue ativo, oferecendo descanso, torpor e anonimato àqueles que preferem não ser encontrados.
Entre festas discretas, acordos velados e taças preenchidas com vitae refinado pelo lendário mixologista Tião, o Glória é mais que hospedagem: é um bastião de elegância sombria. Ali, máscaras caem, alianças se formam e o tempo parece respeitar os antigos, permitindo que a eternidade continue, suavemente, entre colunas de mármore e cortinas de veludo.
Banco Necrótico
Na economia oculta da sociedade vampírica, nem mesmo a morte isenta alguém de precisar de crédito. Para isso, existe o Banco Necrótico, fundado e administrado por Talita Dunsirn, uma especialista em manter as finanças da não-vida em perfeito equilíbrio. Com agências noturnas protegidas pela Camarilla, o banco oferece discrição absoluta, segurança reforçada e serviços personalizados para Membros de todos os clãs e gerações. Seja para guardar artefatos raros, movimentar recursos ilícitos ou negociar empréstimos com prazos eternos, o Banco Necrótico é a escolha óbvia e inevitável.
Apenas lembre-se: aqui, a moeda real são os favores, e as dívidas contraídas não expiram com o tempo... apenas se acumulam.


Plasir du Sang
No coração das noites cariocas, a boutique Plaisir du Sang surge como um oásis de prazer para os vampiros. Idealizada pela Toreadora Eleonor Delion e financiada por parcerias Hecata, seus perfumes são verdadeiras alquimias que despertam o prazer carnal adormecido em qualquer imortal, simulando a vertigem única de uma mordida de presa.
Cada frasco contém fragrâncias mágicas capazes de confundir e aguçar os sentidos dos Membros da Noite, tornando‑se um recurso essencial para aqueles desprovidos de presas ou dons de fascínio. Nas mãos dos vampiros mais carismáticos, Plaisir du Sang transforma-se em um veneno apaixonante, potencializando a sedução e o poder nas noitadas do Rio das Trevas.
Pedra do Sal
No coração da Pequena África, onde o samba e a ancestralidade se entrelaçam, a Pedra do Sal é mais do que um símbolo cultural: é território Anarquista, solo sagrado para aqueles que se recusam a dobrar os joelhos à Camarilla. Protegida por Tia Ciata, uma lendária Brujah abraçada para manter viva a chama da resistência, o local abriga Membros dissidentes que se misturam aos mortais, defendendo a comunidade com garras e convicção.
Sob os tambores que ecoam nas noites quentes do Rio, conspirações se desenrolam e ameaças se aproximam disfarçadas de progresso. A guerra silenciosa contra o domínio da Camarilla ganha força a cada batida de tambor, e a Pedra do Sal permanece, desafiadora, como um farol da rebelião.

